terça-feira, 21 de outubro de 2008

Renascer

Se de repente
Me embarga a voz
Me foge o controle

Me torno a presa
E também algoz

E ainda choro
E me desespero
Sufocando a dor
Sem achar esperança

Matando a bonança
Dando espaço a tormenta

E o amor
Hoje lança
Fere o peito
Sangra a alma
E sem nenhum respeito
Volta forte ao começo

O renascer
Florescendo das pedras
Sem temer as chagas
Servindo de alento
Alimenta-se de pranto
Sobrevivendo as pragas
sem perder o encanto

E desobedece
Forte vence a luta
A dor se recolhe
Ainda que bruta
Se rende
Se encolhe
Fenece