quinta-feira, 2 de julho de 2009

NADA NO MEIO

Nada no meio

Deitar com você nada mais é
Do que deitar sobre você
Um cavalgar intenso
O corpo
A alma
O amor
Sem pudor nem receio
Mesmo que não fisicamente
Fazemos amor, sexo, sacanagem
Sem receios
Não temos segredos
Medos
Temos somente a fusão
O meu...o teu... e nada no meio

Sabotagem

Me interrogo noite a dentro
Sem dó me torturo
Busco desalento
Respostas obscuras

Me apego a dificuldades
Invento possíveis problemas
Pratico a auto maldade
Para descartar dilemas

Olho tudo atenta
Excluindo o bom e o bonito
Dobro o peso que o mal representa
Deixo meu coração bem aflito

Busco todos os defeitos e erros
Sobrecarrego minha visão distorcida
Me entrego aos medos
E por fim me dou por vencida

Como me livrar do que sinto
Se quando penso em nos dois
Um fogo me consome, por dentro e por fora

E sem pensar em antes e depois
Me afogo e me entrego em teus braços
Só pensando no agora

Querer

Queria mesmo agora
Me espreguiçar em teu prazer
Encher os pulmões com teu cheiro
e renovar assim minha febre de viver

Queria muito agora
Te enfeitiçar em meu prazer
Transbordar a tua taça de alegrias
Com minhas estripulias infantis

Queria tanto agora
Ser dona do tempo
Fazer amor na praia
Dormir ao relento
E só acordar pra repetir a dose
Com o tempo parado
A nossa mercê

Queria mesmo agora
Largar tudo
Desligar o mundo
E só ouvir
Ver
Respirar
Sentir...você

Olhos da cor da mata

Vento forte e frio
Chega com a noite
Mata coração vadio
Com uma sessão de açoites

Olhos da cor da mata
Tão profundos quanto o Mar
Quero entrar mata a dentro
Nesse mar me afogar

A ausência do teu olhar
Me invadindo os pensamentos
Só aumenta meu penar
Reaviva meus tormentos

Olhos da cor da Mata
Mata densa...misteriosa
Tropical selvagem me arrebata
Me desperta Yara fogosa

O vento... a noite,Nada mais importa
Quero somente reviver lendas
Dos desejos abrir as portas
Receber teu corpo quente
Entregar minhas oferendas

Olhos da cor da mata
Corpo quente em brasa
Olhos da cor da mata
Entre... fique.... sinta-se em casa