terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Viver com você
É no teu tocar, que me vem o inspirar fundo...
Daí para o êxtase é só um segundo.
Quando tua língua entra em minha boca,
Teus lábios colam nos meus
Meu corpo todo responde de imediato
Teu abraço me faz surtar de desejo
Teu cheiro me inebria e me carrega pra um paraíso só nosso
Meu sangue corre mais rápido e violento pelas veias...
Como querendo ir junto com teu corpo aonde quer que vá.
Minhas entranhas se contraem...
No esperar de tua chegada
O ar me falta, pois no teu gozo é que respiro...
Nos teus dedos se enterrando em minhas cochas
Estão a energia de um querer constante
Quando me morde o inverno do Artico me toma
É do teu leite que me chega o elixir de prazer e vida
E é assim que quando arfamos cansados
Sei que quero mais,
Pois em você esta uma sede insaciável de viver...
Viver com você
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Dor de Parto
Duras, frias, ásperas, nada acolhedoras
Por que a erva daninha insiste em nascer em campos bem cuidados?
Espalhando preocupações, medos, sufocando a beleza
Por que lobos sempre alcançam ninhadas indefesas...?
Por que indefesos amansam feras indomáveis?
Por que as calunias vão de encontro a quem não as merece?
Por que palavras doces são derramadas em vão a quem não as ouve?
Por que?
Será que os sentimentos são todos um grande engano?
Será que sempre surgirão dores onde só deveria haver harmonia?
Será que apesar de não se derramar sangue...
O amor tem sempre que enfrentar guerras frias?
Os sentimentos são mesmo fantásticos?
Será que são tão bons assim?
Ou será que como toda moeda, o amor tem dois lados!
E o que vale mais, é sempre o ruim?
Não sei por que ainda paro para pensar
Se sempre chego a conclusão que tudo o que fiz foi em vão...
Nada mesmo valeu a pena?
Nada importa desde que o egoísmo e a maldade prevaleçam?
Acho que sim, pois ontem
Eu tive a dor de parto...
Um parto do coração...
Um parto sem fruto...
Do parto só restou a dor.
Perdi algo tão importante...
Me foi arrancado um filho
Que não vi
Não ouvi
Não acariciei...
Só restou a dor do parto
Um parto de natimorto
Uma saudade latente
Uma mágoa assassina
Só ficou a dor
Dor de parto
De partir
E nunca mais voltar...
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Barulhinho Bom
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Das Cinzas
Uma leve fumaça ainda restava
Num pequeno monte de cinzas
Onde um holográfico coração batia
Ainda que em pequena velocidade
Por tua voz ouvir
Lembrou da felicidade
E um vento leve
Soprou o resto das cinzas
Neste vento havia seu cheiro
Junto dele os beijos ainda em brasa
Num renascer ligeiro
Eu fênix bati asas
Sobrevoei minha própria vida
Sonhos, fantasmas, pesadelos
Reerguida, embora que em prantos
Ainda aberta em feridas
Encararei a vida perdida
Por tantas perdas e desencantos
Tudo me passou ante os olhos
Revivi cada prazer
Acalentei cada nascimento de sonhos
Que hoje sei, somente eu sonhei
Mesmo assim me regojizei
Sempre é bom poder sonhar...
Ainda olho meus dias com saudade
Ainda choro pelo que me foi roubado
Ainda corro para braços que não se abrem pra mim
Ainda penso no amor, sonho...
Ainda temo cada meu novo fim
Mas então me recomponho.
Vida de Fênix é assim...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Renascer
Me embarga a voz
Me foge o controle
Me torno a presa
E também algoz
E ainda choro
E me desespero
Sufocando a dor
Sem achar esperança
Matando a bonança
Dando espaço a tormenta
E o amor
Hoje lança
Fere o peito
Sangra a alma
E sem nenhum respeito
Volta forte ao começo
O renascer
Florescendo das pedras
Sem temer as chagas
Servindo de alento
Alimenta-se de pranto
Sobrevivendo as pragas
sem perder o encanto
E desobedece
Forte vence a luta
A dor se recolhe
Ainda que bruta
Se rende
Se encolhe
Fenece
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Somos Assim
Ou incentivo o fogo
Não sei se me controlo
ou arrisco algo novo
Busco teu calor
Teu cheiro
Teu sabor
Encontro outro fogo
Teu olhar
Teu suor
Desejo teu toque
Que me enrosque
Que me envolva
Encontro um mar revolto
Braços de polvo
Fome de gigante
Desejo de amante
Provocado e provocante
Somos assim
Mútuos
Cúmplices
Múltiplos
Incessantes
Únicos
insaciáveis
Amantes
SIMPLES ASSIM
do que restou de mim
me fez ser assim
então sou e vim
para o que sou
simples assim
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Nosso amor de agora
Agora tão desencontrado
Cada dia mais distante
Cada segundo mais descontrolado...
Absurdo, quizumba, bagunça
Fuga, reencontro, desventura
Medo, tristeza, renuncia
Tudo em busca da ternura
Que loucura incessante o desejo
As mágoas da nossa historia
itinerantes, transitórias
Anulando o gosto do beijo
Apocalíptico esse dia a dia
Buscando você, sem te ter
Repetindo a melodia
Vou te amar até morrer
sábado, 13 de setembro de 2008
O eco e o oco
Ouço na noite triste o eco de nossas risadas
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Dentro e fora
que lateja, queima
sangra e arde
É uma dor constante, profunda
Daquelas que dá vontade de urrar
Mas que me arrebata e me cala
Então doí sem fazer alarde
Dentro de mim moram lembranças
De sorrisos, brincadeiras
amigos, prazeres e gozos
Lembranças de tempos bons
De sorrisos sinceros e amigos falantes
de noites agradáveis
Agora tão distantes
Dentro de mim moram lembranças
Sombrias e assustadoras
vozes, imagens, e imaginações
ressacas de pesadelos
Despedidas e rompimentos
alucinações desesperadas e reais
Dentro de mim há uma mulher
apaixonada, perdida e medrosa
Sem coragens ou planos
Quase enlouquecida por sombras
quase morta por ameaças
inerte, ressentida...
das quais nem sei o nome
são fantasmas, caminhos, pedidos...
Tudo se mistura em mim
E nem mais existo dentro de mim mesma
Não vejo quem sou
Só raiva monta este enredo
Dentro e fora de mim
Se estampa uma criatura
que é noite e dia
é certo e errado
é coragem e medo
é ódio e amor
é doce a amargo
é tudo e nada
foi um caldeirão confuso
com mágoas e revoltas
E com o grande segredo
Hoje por mais que me engane
Da vida só tenho medo...