que lateja, queima
sangra e arde
É uma dor constante, profunda
Daquelas que dá vontade de urrar
Mas que me arrebata e me cala
Então doí sem fazer alarde
Dentro de mim moram lembranças
De sorrisos, brincadeiras
amigos, prazeres e gozos
Lembranças de tempos bons
De sorrisos sinceros e amigos falantes
de noites agradáveis
Agora tão distantes
Dentro de mim moram lembranças
Sombrias e assustadoras
vozes, imagens, e imaginações
ressacas de pesadelos
Despedidas e rompimentos
alucinações desesperadas e reais
Dentro de mim há uma mulher
apaixonada, perdida e medrosa
Sem coragens ou planos
Quase enlouquecida por sombras
quase morta por ameaças
inerte, ressentida...
das quais nem sei o nome
são fantasmas, caminhos, pedidos...
Tudo se mistura em mim
E nem mais existo dentro de mim mesma
Não vejo quem sou
Só raiva monta este enredo
Dentro e fora de mim
Se estampa uma criatura
que é noite e dia
é certo e errado
é coragem e medo
é ódio e amor
é doce a amargo
é tudo e nada
foi um caldeirão confuso
com mágoas e revoltas
E com o grande segredo
Hoje por mais que me engane
Da vida só tenho medo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário